7 de fevereiro de 2011

sono de (a)mar


Vez em quando Morfeu
permite-se uma trégua com o sol
e vem fazer morada em águas tépidas
às quais o sonhador,
acostumado à penumbra,
se entrega
sem o respaldo de canoas.
Mas não é fácil resistir
à fluorescência do sol
nem à sua pincelada
que cora
e faz arder a pele,
escudo lúrido do sono.
O embalo do mar
e o abraço do sol
reparam,
regeneram,
escancaram portas do convés
e tingem os olhos
com um ensejo de mel.
Mas não há luz que tanto cegue
e nem água que dilua
o carmim dos devaneios
e o dourado das promessas
quando o que impera na alma
é o desejo de sonhar...

pra você, meu Du(n)du(m) fantástico, para quem essas metáforas se desdobram em sentido e diálogo.

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