se tudo der errado
eu não vou-me embora pra Pasárgada
porque para lá já foram poetas demais
e, ainda assim
se nada der certo
eu não vou virar a hippie descolada
que eu não fui quando até poderia ter sido
e, ainda assim
se eu cair da minha nuvem de sonhos
e tatuar o corpo, e mudar de casa
e absolutamente nada sair do jeito que eu escrevia
não, eu não vou-me embora pra Pasárgada
porque essa idéia outros já tiveram
eu vou é fazer a mala mais leve do mundo
e pegar o primeiro navio para o Congo
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